OS GATOS DEIXAM PEGADAS NO NOSSO CORAÇÃO

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arco-iris.jpg (3827 bytes) A Ponte do Arco-Íris arco-iris.jpg (3827 bytes)

Perto do Paraíso há um local chamado a Ponte do Arco-Íris

Quando morre um animal que foi especialmente amado por alguém, esse animal dirige-se para a Ponte do Arco-Íris.

Há pradarias e colinas onde todos os nossos amigos especiais podem correr e brincar.

Há abundância de comida, de água e de sol, e os nossos amigos sentem-se bem e confortáveis.

Todos os animais que estiveram doentes e que eram velhos recuperam a saúde e a juventude, e aqueles que estavam feridos ou mutilados restabelecem-se e ficam novamente fortes, tal como os recordamos nos nossos mais belos sonhos sobre os dias de outrora.

Os animais estão felizes e contentes,
excepto numa pequena coisa: cada um sente saudades de alguém muito especial que teve de deixar para trás.

Todos correm e brincam juntos, até que um dia, subitamente, um deles pára e fixa o olhar ao longe. Os seus olhos brilham, o seu corpo vibra de ansiedade. De súbito, começa a correr, afasta-se do grupo e, voando sobre a relva verde, as suas pernas transportam-no cada vez mais depressa.

Reconheceu-o… e quando finalmente se encontram, você e o seu amigo especial abraçam-se exultantes,
para nunca mais se separarem.

Beijos de felicidade correm pelo seu rosto; as suas mãos acariciam de novo a cabeça tão amada, e uma vez mais mergulha o olhar nos olhos confiantes do seu amigo, há tanto tempo ausente da sua vida mas nunca do seu coração.

Então, atravessam juntos a

Ponte do Arco-Íris...

The Rainbow Bridge
Autor anónimo.
Versão portuguesa: Gatos Livres


E que acontece aos errantes que não foram especialmente amados por ninguém? Atravessam eles a Ponte do Arco-Íris?

Contrariamente à maioria dos dias na Ponte do Arco-Íris, aquele dia entardeceu frio e cinzento, húmido como um pântano, e o mais banal que se pode imaginar. Os que tinham acabado de chegar não sabiam que pensar, pois nunca tinham vivido um dia como aquele. Mas os animais que haviam esperado pelos seus amados donos sabiam exactamente o que se estava a passar e começaram a reunir-se no caminho que conduzia à Ponte do Arco-Íris para observarem.

Passado pouco tempo, viram um animal velho, de cabeça baixa e arrastando a cauda. Os outros animais que estavam ali há mais tempo já sabiam qual era a sua história por terem visto aquilo acontecer muitas e muitas vezes.

O velhinho aproximou-se devagar, manifestamente em grande sofrimento moral, mas sem indícios de ferimentos.
Contrariamente aos outros animais que aguardavam junto à
Ponte do Arco-Íris,
este não tinha recuperado a saúde nem as forças. À medida que se aproximava da Ponte, observava todos os que o observavam.
Sabia que não estava no sítio certo e que, quanto mais depressa pudesse atravessar, mais feliz seria. Mas, quando se aproximou da Ponte, foi-lhe barrado o caminho por um Anjo que, pedindo-lhe desculpas, lhe disse que não podia passar. Apenas os animais acompanhados pela família podiam atravessar a
Ponte do Arco-Íris.

Sem saber para onde ir, o animal regressou aos campos aquém da Ponte e viu um grupo de outros animais como ele, igualmente velhos e doentes. Não estavam a brincar, estavam apenas deitados na relva, fixando desesperadamente o caminho que conduzia à Ponte do Arco-Íris.
Então, juntou-se a eles, à espera,
de olhos fixos no caminho.

Um dos animais que chegara recentemente à Ponte do Arco-Íris não percebia
aquilo a que estava a assistir e pediu a outro que lá vivia já há algum tempo que lhe explicasse o que se passava.

"Sabes? O pobre animal vivia num refúgio. Entrou para o refúgio tal como o vês, velho, com o pêlo baço e os olhos enevoados. Nunca conseguiu sair do refúgio e deixou a existência terrestre tendo apenas como reconforto o amor de um voluntário.
Como não teve família que o amasse,
não tem ninguém para atravessar com ele a
Ponte do Arco-Íris."

O primeiro reflectiu nestas palavras
durante um minuto e perguntou:


"E que vai acontecer agora?"


Quando ia ouvir a resposta,
as nuvens afastaram-se subitamente e a escuridão levantou-se.

Alguém se aproximava da Ponte. Então, todo um grupo de animais mais velhos foi subitamente banhado por uma luz dourada, ficando jovens e saudáveis de novo,
tal como o tinham sido no apogeu da vida.

"Observa", disse o segundo animal.

Um segundo grupo de animais entre aqueles que esperavam abeirou-se do caminho e inclinou-se à medida que a pessoa se aproximava. Esta acariciou cada cabeça curvada e fez a cada um festinhas por detrás das orelhas. Os animais restabelecidos puseram-se em fila e seguiram-na em direcção à Ponte do Arco-Íris, que atravessaram juntos.

"Que aconteceu?"

"Era o voluntário de um refúgio. Os animais que viste inclinados em sinal de respeito foram os que encontraram novos lares devido ao trabalho desse voluntário. Atravessarão a Ponte quando as suas novas famílias chegarem. Os que viste recuperados são aqueles que nunca encontraram família. Quando chega um voluntário, é-lhe permitido fazer um último acto de salvamento.

É-lhe permitido atravessar
a
Ponte do Arco-Íris com os pobres animais para os quais não pôde encontrar
família na terra.
"

"Acho que gosto dos voluntários",
disse o primeiro.

"Deus também", foi a resposta.

A Story of the Rainbow Bridge
Original em língua inglesa em http://groups.yahoo.com/group/lovedachs/.
Esta história é dedicada a todos aqueles que salvaram um animal sénior.

Versão portuguesa: Gatos Livres,
em homenagem a todos os animais errantes e a todos aqueles que lutam por eles.

icon      A ciganita Íris partiu para a Ponte do Arco-Íris

Bela ciganita, muito frágil, a querida Íris deixou-nos.

Já não irá beber a água que jorra da mangueira de rega, e nunca mais seguirá o grande amigo Lucas para se deitar, sonhadora, a seu lado.

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Veio para o Refúgio em Março de 2010 e partiu em 21 de Dezembro de 2011. Uma passagem demasiado breve para uma gatinha encantadora. A Íris sofria de insuficiência renal grave.

 

icon      O Dom Quixote espera-nos na Ponte do Arco-Íris

O querido Dom Quixote, irmão da meiga Dulcineia, partiu para a Ponte do Arco-Íiris.

Veio viver connosco em Fevereiro de 2009.

De doença em doença, mimado, com cuidados constantes como um cristal precioso, foi feliz com os companheiros, na sua amada casinha no Sector Buddy.

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Acarinhado e protegido pelo Chefe Buddy, o Dom Quixote partiu para a última viagem em 13 de Agosto de 2013.

 

icon     O Pirandello partiu para a Ponte do Arco-Íris

De forma inesperada, o Pirandello deixou-nos. Há uns dias que o via mais murcho, encostado ao seu amigo Bellini. Mas era um gatinho calmo.

Os rins enquistados não lhe davam qualquer hipótese de sobreviver sem dor e sofrimento.

Pirandello

No dia 15 de Maio de 2011, o Pirandello foi adormecido por amor, depois de ter vivido connosco apenas 2 anos.

 

icon      O Ginger espera-nos na Ponte do Arco-Íris

O Ginger foi encontrado abandonado, cheio de feridas nas pernas, esquelético e aterrorizado.

Feitos os testes, revelou-se FeLV positivo e por isso nem sequer quem o encontrou quis ocupar-se dele.

O Ginger é meigo, simpático, carente, um encanto e veio juntar-se aos Palhacinhos em Maio de 2009. Talvez preferisse uma família só para ele, mas até agora pelo menos duas pessoas o rejeitaram.

Ginger

O Ginger deixou-nos em 17 de Maio de 2011. O maldito do FeLV cumpriu a profecia.

 

icon     O Ari partiu para a Ponte do Arco-Íris

Gatinho errante, solitário, que apenas desejava companhia, afecto e protecção para viver o resto da sua vida longe dos perigos da rua, o Ari deixou-nos em 3 de Novembro de 2010.

FIV e FeLV positivo, quem o protegera durante cerca de 8 anos na errância e lhe chamava Meu Amor achou que era o momento de tentar para ele uma nova vida e o Ari veio viver com os queridos Palhacinhos em Junho de 2009.

Quem era este errante que adorava festas e carinho? Mistérios da alma felina...

Ari, Meu Amor...

Ari ainda em isolamento

 

icon     O Badocha viajou para a Ponte do Arco-Íris

Companheiro do Ari desde Janeiro de 2010, o Badi era igualmente FIV e FeLV positivo.

Meigo, ternurento, procurando sempre festas e carinho, o Badi era um grande senhor.

Estava previsto que gozasse de pleno direito da liberdade com os amigos Palhacinhos no início do Novembro.

O FeLV não lho permitiu. O Badi repousa em paz.

 

icon     O Puppy, a Mira e o Banjo partiram para a Ponte do Arco-Íris

Mira e Banjo Puppy
Todos os anos na Primavera, enquanto brotam rebentos e os campos e jardins se enchem de novos e raros coloridos, partem gatinhos das nossas colónias para o país das caçadas eternas!

É a humana euforia dos químicos, que transforma bermas verdejantes em tristes paisagens lunares de ervas secas e acastanhadas onde a vida é proibida.

Assim partiram os irmãos Puppy, Mira e Banjo, filhotes da bela Lara.

 

icon     O Clyde espera-nos junto à Ponte do Arco-Íris

Clyde

O irmão e companheiro inseparável da Bonnie partiu!

Naquela triste manhã de Março, jazia no seu local predilecto e a negra pelagem ainda luzia ao sol.

O rosto estava calmo, como sempre, mas o pequeno Clyde não respondeu à chamada do som dos biscoitinhos na tijela...

O Clyde foi vítima do isco para caracóis, mortal para os gatos.


icon     A Ruska partiu para a Ponte do Arco-Íris

Ruska

A linda Ruska vinha comer por vezes à colónia do Cabeçudinho.

Mas um dia surgiu doente, em busca de ajuda...

Agora, junto à Ponte, recorda com ternura o olhar atento que A. e J. pousaram sobre ela e a sua mágoa por não terem podido salvá-la. 

 

icon     As mães Grace e Doce e os filhotes Daphne e Adónis partiram para a Ponte do Arco-Íris    

Doce

Daphne

Adónis

Grace

Lindos, lindos, lindos e meigos, viviam à beira da estrada e foram partindo um a um, no espaço de poucas semanas.

Desta colónia de gatinhos doces e sociáveis, restam a mãe Cinda e os filhotes Tatiana, Roxana, Amanda e Pussy...


icon     A colónia do Grande Snow espera-nos junto à Ponte do Arco-Íris?

Flores efémeras Era uma vez o Grande Snow, a Belinha, a Tabby, a Luna, a Linda, o Niels...

Esperei mais de um ano para me convencer de que todos eles tinham desaparecido, um a um! Era uma lindíssima colónia, feliz numa velha e outrora magnífica casa agora em ruínas pertencente a um senhor que, internado num lar e embora sabendo os cuidados e amor com que cuidávamos dos seus gatinhos, vinha todos os dias visitá-los e dar-lhes mimo.

Na Primavera de 2007, o senhor partiu, juntar-se à esposa... Durante algum tempo ainda, o Grande Snow e os amigos vinham cumprimentar-me todas as tardes. Depois, a pouco e pouco, deixaram de vir. Porquê?

Outros ocuparam o lugar, novos residentes ali abandonados ou em busca de comida, que fui retirando antes que algo de pior também lhes acontecesse: a Tulipa Branca com o rabo arrancado, o Balu com um olho furado, a Camélia com os dentes partidos e a cauda ferida, o Bagui cheio de ácaros, a Natasha com a bacia partida, a Minitabby aterrorizada sobre o telhado, os bebés Snow, Miumiu e Blondy, o Cenourinha, a Sweety...

Dos tempos felizes da bela casa agora vandalizada, resta a imagem da Tabby surgindo com o seu passinho dançante por detrás do pinheiro caído, do Grande Snow ao sol sobre o tejadilho do velho carro, da Linda e da Belinha espreitando-me por detrás de um arbusto, da Luna fugidia, do Niels brincando com o cordelinho.

 

icon     A negra Tulipa partiu para a Ponte do Arco-Íris

Tulipa negra

A jovem e negra Tulipa surgiu há algumas semanas na colónia da Dulcineia.

Pouco durou a sua estadia neste acolhedor e simpático grupo, onde seria de certeza feliz. A Tulipa partiu, não foi possível salvá-la.

icon     O Catraio viajou para a Ponte do Arco-Íris

Catraio

O Catraio partiu... Já não vem todas as tardes cumprimentar e pedir festas, rebolar-se na erva, pedir água fresca e fazer os seus discursos de siamês.

Partiu "às 3 da manhã", após um longo miado...

Era muito provavelmente o pai da meiga Catraia, e grande amigo e companheiro da Miúda.

Boa viagem, Catraio, já lá está alguém que te amava e vai atravessar contigo a Ponte do Arco-íris!

 

icon     Mais um bebé que partiu para a Ponte do Arco-Íris

Entre o chorão

Era uma vez um lindo bebé pretinho, filho de uma gatinha muito jovem, e que tinha dois irmãos...
Era de manhã e estava sozinho, deitado perto do prato da comida, entre o chorão. Mal respirava. Partiu poucas horas depois, durante a noite, quentinho, aconchegado, mimado.

 

icon    A Sweety partiu para a Ponte do Arco-Íris

Resgatada da colónia maldita da qual quase todos os gatos desapareceram misteriosamente, a nossa Princesa Romanova, como lhe chamávamos, de porte altivo e olhos côr de turquesa, viveu ainda alguns meses connosco. Mas o destino não foi meigo com ela. Um cancro do pulmão não perdoa!

Talvez a magnífica Sweety tenha encontrado junto à Ponte do Arco-Íris a sua amiga Tabby, o Grande Snow, a Linda, a Luna, o mano Niels... e juntos desfrutem do sol sobre o tejadilho de algum velho carro...

 

icon    O Bolinhas está com a sua grande amiga Ruivinha na Ponte do Arco-Íris

Bolinhas

Semi-residente na colónia do nosso querido Cabeçudinho, o Bolinhas tinha uma casa e muito amor, mas gostava de acompanhar e partilhar comida e brincadeiras com os errantes. Foi encontrado morto nas traseiras da casinha em ruínas que era a sua segunda residência. Nunca se afastava dali e era meigo e acolhedor com os pequeninos.

Alguém chora agora a sua ausência aos pés da cama, nas noites mais frescas em que escolhia regressar a casa...


icon    O Cabeçudinho partiu para a Ponte do Arco-Íris

Cabeçudinho O Cabeçudinho era o chefe da sua colónia, esposo amado da bela Margarida e pai extremoso da Maggie, do Gilinho, do Gugu e de tantos outros que não conheci.

Meigo e inteligente, partiu tranquilamente, deixando uma grande mágoa a quem o conheceu e amou.

 

icon    Um dos filhotes nascidos na colónia do Grande Snow viajou para a Ponte do Arco-Íris

Miosótis Ainda não tinha nome, ainda não tinha idade...

 

Era um dos dois filhotes de uma gatinha que apareceu na colónia do Grande Snow em busca de paz, abrigo e comida para criar os filhos. Ambos pretinhos, lindos, divertidos.

No dia 15 de Agosto à tarde, mal se mexia e respirava com dificuldade. As moscas cobriam-lhe os olhos cheios de pus e nem sequer me viu chegar. Deixou-se apanhar à mão sem resistir.

Durante a noite, viajou para a Ponte do Arco-Íris deitado numa caminha, sobre um saco de água quente, tratado, mimado, mas cedo demais.


icon    O Óscar partiu para a Ponte do Arco-Íris

Lírio do Vale

Era uma vez um lindo siamês thai blue point, abandonado, acolhido e amado...

 

Um dia, deambulando solitário e esfomeado, o Óscar encontrou finalmente paz no acolhedor jardim de um restaurante, onde foi recebido como um príncipe por todo o pessoal e, especialmente, por uma das cozinheiras, grande senhora digna do amor e fidelidade de um siamês.

Durante 3 anos, viveu feliz, mimado e acarinhado por todos, até pelos clientes.

Mas hoje o Óscar partiu para a Ponte do Arco-Íris, deixando inconsolável quem o conheceu, amou e tratou.

Obrigada D. Irene...

 

icon   A Micas espera junto à Ponte do Arco-Íris

Micas

A Micas, menina de olhar doce e inteligente, não espera sozinha. Foi encontrada morta à beira da estrada e em frente, do outro lado, jazia um companheiro da mesma colónia, igualmente atropelado...

Macabra disposição para duas lindas criaturas que nada de mal fizeram e que nada pediam a ninguém!

 

icon   A Ruivinha chegou à Ponte do Arco-Íris

Ruivinha

A Ruivinha, uma das filhas da Margarida, que devia ter cerca de 8 meses, foi encontrada sem vida, escorrendo sangue da boca. Carro? Cão? Ninguém sabe! A Riuvinha era linda, meiga, sociável e alegre, e deixa muita, muita saudade não só a nós como ao seu melhor amigo, o Bolinhas, que parece perdido e solitário.