OS GATOS DEIXAM PEGADAS NO NOSSO CORAÇÃO |
Notícias - Errantes |
2010 |
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2011
10 de Novembro: Polux e mais uma captura original | |
Há cerca de 1 mês, surgiu na colónia da bela Pussy um gatinho preto, ainda medroso, mas que miava a pedir comida. Não me parecia um gato errante, porque não fugia quando eu me aproximava. O Polux, como lhe chamei, estava em lista de espera para castração. Mas, um fim de tarde, apesar de escuro, pareceu-me vê-lo babar e percebi que tinha dificuldades em comer. Não é fácil capturar um gato ainda arredio na colónia da Pussy. Entram todos na armadilha sem mesuras, e o novato nem sequer se aproxima!
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Era urgente capturar o
Polux, por isso tratava-se de puxar pela imaginação! Deixei a porta do carro aberta, com a grande caixa da comida à disposição lá dentro. Todos eles entraram curiosos, comeram e se instalaram nos bancos e mantas na bagageira, excepto, claro, o Polux, que pude então capturar à vontade. O pior foi para os tirar de dentro do carro quando quis partir... Apesar de muito jovem, o Polux tinha os dentes todos podres. Mas, como se não bastasse, o consumo de água e o emagrecimento podem indicar que tem diabetes. Aguardamos resultados de análises. |
8 de Novembro: Angélica e o Pão por Deus | |
Há já algumas semanas que me
parecia que a gatinha Angélica, da colónia
da Dulcineia, tinha dificuldades em comer. Quando há comida e os meus errantes vêm miar com fome, algo se passa. Em 1 de Novembro, após vários dias de luta entre mim e ela, a Angélica fez finalmente menção de entrar na armadilha. Mas, nesse mesmo instante, uma criança, acompanhada pelo pai, chamou-me: "Senhora, pão por Deus". Pedi à criança que se afastasse e a Angélica regressou e entrou na armadilha. |
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A criança ainda ia ao
cimo da rua! Chamei-a e pedi-lhe desculpa, explicando-lhe o que estivera a fazer, mas o
pai já tinha percebido. Não tinha nada comigo para lhe oferecer, a não ser um livrinho
com fotos de gatos e cães, contra o abandono: "E Tu?", de Teresa Couto.
Meti-lho na sacola... Um bolo come-se, um livro perdura! Minutos depois, a caminho da Clínica com a Angélica, voltei a passar por eles, pai e filho, que me saudaram efusivamente. A querida Angélica tinha os dentes numa miséria. Muito em breve voltará para junto dos amigos, já engordou e pode finalmente comer sem dores. |
28 de Outubro: Isa | |
Na tarde chuvosa de Quarta-feira
passada, o bebé Isa estava no meio da estrada, paralisada de dores e terror. Tem um enorme hematoma na zona pélvica, muito certamente provocado por um pontapé certeiro. Não faz xixi sem ajuda e a urina vem com sangue. O seu maior prazer é um colo quentinho e ronrom. Isa... bela princesa maltratada e posta na rua com apenas cerca de 6 semanas! |
6 de Outubro:
Tufas O Tufanito, da colónia do Tufinho, estava a emagrecer e parecia babar. |
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Deixou-se finalmente capturar e foi
hospitalizado. Foram-lhe extraídos todos os dentes, tinha a boca numa miséria. Não está nada satisfeito com a estadia na Clínica, mas nem sempre a vida é fácil. Em breve regressará aos seus domínios, para junto das amigas Catraia e Peggy, as suas preferidas. |
26 de Setembro: Colónia da
Zoé em perigo Os proprietários do local onde tenho o abrigo com comida na colónia da Zoé não estão nada contentes com os gatos que ali têm sido abandonados ultimamente. Fui avisada de que, se continuar, terei de deixar de pôr ali comida. Ou seja, muitos gatinhos habituados há anos a ter apoio e alimento diário ficarão sem nada, por culpa de oportunistas que não assumem as suas responsabilidades. |
25 de Setembro
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Sucedem-se os gatinhos
abandonados na colónia da Zoé. Mas sucedem-se também os que morrem
devido ao abandono. Morreu mais um dos gatinhos que ali foi cobardemente largado. Magro apesar de a comida não lhe faltar, levei-o para a Clínica. Depois, para lhe dar algum reconforto, veio para nossa casa. Partiu hoje de madrugada para a Ponte do Arco-Íris... Quem decidiu desfazer-se de gatinhos sociáveis e semi-sociáveis numa colónia de errantes só porque "alguém dá ali de comer" não sabe que o abandono mata e que a comida não é tudo, ou para esse "alguém" basta um prato cheio para ser feliz. Não é o caso dos gatos! |
19 de Setembro As notícias sobre os meus errantes não são as melhores. O gatinho Mimi desapareceu. Há uma semana que o procuro. Vinha sempre jantar com os companheiros, sobretudo o Manushe, a Ameixinha e o Allegro. Tenho procurado e chamado nos quintais à volta, mas o Mimi não responde à chamada... A gatinha cinzenta abandonada em Maio numa das minhas colónias foi atropelada. O condutor teve a delicadeza de vir prevenir, lamentando o sucedido. A culpa não foi dele, mas sim de quem abandonou ali aqueles gatinhos meigos, ainda mais em perigo na rua do que os errantes que nela nasceram. |
28 de Agosto: Diálogo inquietante e Tufinho |
Quando estava a pôr a comida no abriguinho limpinho e bem arranjado da minha Columbina, que esperava discretamente debaixo de uma piteira, uma "senhora", de aspecto abastado e culto, abordou-me: Resumo: - "Oh, minha senhora, você pôe aí comida e os gatos vêm para o meu jardim". Eu odeio gatos! - "Mas, minha senhora, precisamente eu ponho aqui a comida porque era aqui que os gatos estavam. Além disso, é a única forma de ganhar a confiança deles para poder esterilizá-los e tratá-los em caso de necessidade." - "Então está a fazer uma boa obra! Continue depressa e veja se acaba com esta raça maldita." - "Minha senhora, ao longo da história, alguns tentaram acabar com várias 'raças malditas', mas nunca conseguiram. Só Deus, se existe, o poderá fazer, deve dirigir-se a ele, porque eu não sou Deus!"
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25 de Agosto:
Tufinho Hoje, quando cheguei à colónia do Tufinho, uma criança observava os gatos e falava com eles. Era uma menina estrangeira que me explicou que esteve aqui de férias e como ia partir estava a despedir-se dos amigos. |
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Contou-me que um "certo ruivinho" muito meigo estava quase sempre na casa onde ela passava férias com a família, mas que teriam agora de fechar a porta e ele ficaria na rua. Fui com ela ver a casa: era a mesma em que o Tufinho e companheiros tinham nascido e sido criados. Em tempos, os "donos" destes gatos tinham morado ali, mudaram-se e "esqueceram" os gatos, que aliás eu já alimentava e tinha esterilizado.
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O Tufinho apenas
regressara por uns dias à sua antiga morada! Vi a menina partir com a família. Esta
noite, o Tufinho regressa à rua... Como gostaria de ter espaço no Refúgio para estes gatinhos! |
17 de Agosto: A vida e a
morte O bebé Andie recuperou muito bem da patinha. Ainda tem ferida, mas a articulação salvou-se milagrosamente. Pula e brinca com tudo, como todos os bebés do mundo. Renasceu! Veio para nossa casa, porque é um órfão sem nada nem ninguém no mundo. Mas se hoje se salvou um, outro partiu. Numa das minhas colónias de rua, um dos filhotes da Mara jazia perto do abrigo da comida. Ainda respirava. Corri para a Clínica, mas não foi possível salvá-lo. Porquê? |
9 de Agosto: Lira A Lira regressou hoje à sua amada horta. Mal entrámos, reconheceu o local e começou aos gritinhos de alegria. Pousada a transportadora debaixo do "seu" limoeiro, dava saltos com pressa de sair. A alguns metros, atenta, a dona da horta gritava igualmente "nina, nina, já voltaste!". Comovente reencontro! No entanto, a Lira não se deixa tocar por ninguém. Mas a sua presença anima aquele pequeno espaço, e é ali que a Lirinha se sente acarinhada por um simples olhar e uma palavra de ternura. Dá gosto cuidar destes gatinhos e apoiar quem os merece. |
3 de Agosto: Lira | |
A jovem Lira, da Colónia da
gatinha Lara, coxeava de uma patita. Não é fácil de capturar esta donzela. Mas teve de ser! Um abcesso junto à almofada palmar, talvez por algo que ali se espetou. A Lirinha está a ser tratada e em breve regressará aos seus domínios: uma horta pobre mas cuidada, onde os gatinhos são benvindos pelos serviços que prestam e pela silenciosa e atenta companhia que fazem a muitos solitários. |
30 de Julho: Andy Wharol | |
Ainda não tinha começado a
distribuir a comida no magnífico grupo da minha Pussy, da Amanda, do Bambou, da Roxana,
etc. e já sabia que algo de anormal se passava. A Pussy andava à minha volta inquieta, o
Bambu não sossegava e a Amanda olhava-me apreensiva. Aproximei-me cautelosamente e pus-me à escuta. Vindo do outro lado do grande muro sobre o qual escondo o prato da comida, o choro abafado de um bebé era a explicação para aquele comportamento. |
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Do "outro lado", são
montanhas de lixo e tralha velha. Como aceder e apanhar ali um bebé? Poupo-vos a
narrativa da aventura! Quando finalmente o aninhei contra o peito, aquecido e acarinhado, o bebé calou-se. Tem cerca de 5/6 semanas apenas, os olhitos limpos e vivaços, mas a patinha direita muito inchada e cheia de pus. Chamei-lhe de imediato Andy Wharol, como um quadro tristemente hiper-realista. |
Enquanto corria para a clínica, duas perguntas me acudiram à mente: quem teve a coragem de pôr ali um gatinho incapaz de subir a um muro com mais de 1,50 m e portanto de comer, ainda por cima com uma patinha doente? Não encontrei resposta e recordei aqueles que eu e tantas outras pessoas temos recuperado, por acaso, em contentores de lixo... Quem serão os humanos capazes de fazer estas coisas? Dormirão bem, serão suficientemente hipócritas para ter gestos de amor para com os filhos e os amigos, serão igualmente cobardes em tudo o que fazem? Que valor dão à vida? |
28 de Junho: Ameixa
A querida Ameixinha é uma gatinha fácil. Chamei-a e apanhei-a simplesmente ao colo. Tinha uma ferida muito feia junto ao ânus e foi internada de imediato.
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Já tem alta, e
amanhã irá juntar-se aos amigos Manush, Gino, Carmen, Allegro, Ali, Nadya... A Ameixinha foi abandonada, não fez parte dos móveis quando os "donos" se mudaram. Mais uma gatinha que precisaria de uma família acolhedora ou para a qual gostaria de ter lugar no Refúgio. |
13 de Maio: Lucky e Zoé O Lucky regressou hoje para junto dos irmãos. Este gatinho nasceu para a felicidade. Mais um que merecia um lar acolhedor... |
A vida com os gatos nada tem de monótono. Já ao fim do dia, após o Refúgio e chegada ao simpático grupo da bela Cindy, vi que a Zoé tinha uma ferida junto à orelha. Foi um sarilho para a capturar, com todos os outros demasiado interessados na latinha que servia de isco dentro da armadilha. Mas a Zoé lá conseguiu entrar sózinha, embora um pouco ajudada por mim. Em seguida, ao ir finalmente encher os pratinhos, vejo chegar uma gatinha preta desconhecida no grupo, em grande alarido a pedir comida. Tentei acariciá-la e aceitou. Uma gatinha meiga, esfomeada e talvez grávida. Felizmente, tenho sempre duas armadilhas, e lá foi a pretinha capturada também. Chamei-lhe Negrita. |
11 de Maio:
Lucky O malandreco do Lucky, que, para meu desespero, desapareceu durante 16 dias, ressurgiu finalmente, mas cheio de fome e carraças, e com um belo abcesso na cara. Capturado sem a mínima dificuldade, está em reciclagem na clínica, mas acho que nunca tomará juízo. O encantador Lucky pertence à minha linda colónia do Tufinho, Peggy, Ricky, Catrainha... |
27 de Abril Num dia de Outono do ano passado, quando fui dar de comer aos gatinhos da colónia da Zibelina, vi dentro do prato um bebé pretinho. Peguei nele, mas a criaturinha debateu-se um pouco. Percebi que era um gatinho ali nascido. Olhei em redor e vi mais dois escondidos entre os arbustos. Um pouco mais longe, uma gatinha preta vigiava os meus movimentos... Mal larguei delicadamente o pequenito, este correu para a mãe. Capturei a Zibelina e a Sheba em Janeiro, e foi ao tentar capturar também a gatinha preta que encontrei o Ziggy. Depois, não voltei a vê-la, nem aos filhotes. Hoje, perto do prato, uma vez mais, estavam um bebé cinzento e dois pretinhos. Peguei no cinzentinho, acariciei-o e ele gostou, lindo... Mas, um pouco mais longe, lá estava a mãe pretinha, que me olhava ansiosa ! Não, minha linda, não farei mal aos teus filhotes. Só quero tocar-lhes, ver a idade deles, e fazer tudo para que não me enganes novamente. Mal os teus filhotes possam passar sem ti, chegará a tua vez, porque os últimos desapareceram... |
16 de Março: O jovem preto
e branco, companheiro do Tamir Quatro dias de luta entre mim e ele! Este gatinho é muito tímido, dependia do Tamir para vir comer e se aventurar fora do tronco de árvore onde se acolhe. A árvore onde antes me esperavam os vários gatos da Colónia da Mammy... Sem o Tamir, nem pensar! Mas hoje, inesperadamente, o gatinho começou a miar bem alto, tal como fazia quando via o Tamir e iam comer juntos. Ao longe, vinha chegando o mano pretinho... Ambos se dirigiram para o abrigo da comida e o preto e branco entrou na armadilha que estava ao lado, com comida apetitosa! Eu, escondida entre as altas ervas, nem queria acreditar na minha sorte: capturar um e confirmar que o outro ainda estava vivo! |
12 de Março: Tamir Há quase 5 anos que alimento diariamente a colónia da Mammy. Ao longo do tempo, alguns gatinhos foram desaparecendo... Mas, ia voltando a ver um ou outro, até que deixei de os ver! Há cerca de 15 dias, encontrei um cadáver de gato, com todos os sinais de ter sido morto por um cão. Foi a gota de água! Apesar de o Refúgio estar cheio, não era possível deixar em perigo o Tamir e pelo menos outro jovem que ali se tinha acolhido recentemente e, muito provavelmente um irmão, pretinho, que não sabia ao certo se ainda era vivo. O Tamir foi hoje capturado. Apesar de nunca lhe ter faltado a boa comida, sofria de anemia e tinha dentes podres. Está em tratamento e muito melhor, mas ainda hospitalizado. Querido Tamir, filho da Mammy, o último dos antigos, por que motivo vos deixei eu tanto tempo num local que apesar de me parecer seguro não o era? As emergências...
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19 de Fevereiro: Amigo O belo siamês, novo residente na colónia da Dulcineia, já tem nome! Chama-se o Amigo. Afável e meigo, este gatinho decidiu ali ficar. Há uns dias reparei que coxeava do braço direito, mas por vezes magoam-se ao saltar e esperei para ver. Hoje nem sequer veio ter comigo, como costumava fazer, ficou apenas sentado no muro à minha espera, o que significava que a pata poderia estar pior ou que tinha dores. |
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Mal o chamei, veio de
braço no ar! Fui buscar a armadilha e bastou abrir a porta e pedir-lhe que entrasse. O Amigo tinha um pico ou algo semelhante espetado na almofadinha, que estava a infectar e devia dar-lhe imensas dores. De resto, está de excelente saúde. Claro que foi igualmente castrado. Belos machos, cuidado! Não magoem as patinhas, anda aí alguém que aproveita para vos fazer outras maldades!!! |
18 de
Janeiro: Figo/Mimi O Mimi regressou finalmente ao seu mundo. Saiu da transportadora muito contente a correr e dirigiu-se imediatamente ao local onde estão escondidos os pratinhos da comida! Não que tivesse fome, mas é ali que se encontra e brinca com os companheiros, e é ali que todos se juntam quando me ouvem chegar.
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10 de Janeiro: Figo/Mimi | |
Em Abril de 2007, quando capturei e
esterilizei os primeiros gatos na colónia dos meus ciganitos Manush, Ameixinha, etc.,
aquele a que demos o nome de Figo já era um
gatinho muito simpático. Depois de castrado e tratado, aproximou-se ainda mais das pessoas e foi por isso sempre acarinhado por quem o conhece. Mas, como é muito meigo e clarinho, toda a gente pensava que era uma menina e chamavam-lhe Mimi. |
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Há uns dias que o "Mimi" tinha deixado de aparecer quando vou encher os pratinhos, mas, como a chuva afasta os gatos, esperei para ver. Ontem, alguém me informou que o malandreco tinha um enorme abcesso na cara. Hoje foi capturado e lá está uma vez mais na clínica, para ser tratado. |
4 de
Janeiro: Nino Quando o Nino apareceu na colónia da Bela, percebi imediatamente que se tratava de um gato abandonado ou perdido e não de um errante, mas até há poucos dias nunca consegui saber de onde vinha. Com coriza, os olhos inflamados e já quase sem comer, capturei-o muito rapidamente para o tratar e castrar. Embora carente de afecto, o Nino adaptou-se ao grupo da Bela, onde foi bem acolhido e onde me espera diariamente. Mas finalmente alguém me desvendou há pouco o mistério! Uma pessoa protectora de cães e outros animais largou ali o Nino, sem se preocupar com o facto de estar doente. Sem se preocupar em perguntar se os outros, já sobrecarregados, precisariam de ajuda para pagar a castração e a factura da clínica onde o Nino esteve internado e foi tratado, ou mesmo se de vez em quando seria necessária ajuda para a comida. Se os "protectores" de animais abandonam, por que havemos de nos admirar com os outros? |