OS GATOS DEIXAM PEGADAS NO NOSSO CORAÇÃO |
Refúgio Jimmy |
Sector Mafrinhas
No Sector Mafrinhas vivem os 17 gatos, todos da mesma família, retirados de uma casa em ruínas.
Os Mafrinhas vivem em grupo cerrado e são
todos tigrados, com mais ou menos cinzento,
excepto o branquinho Grande Chefe Cara Pálida, velhote muito apreciado por todos, grandes
e pequenos.
Há quase 4 anos que alimentava diariamente esta
colónia, sem nunca ter conseguido capturá-los e ainda menos dar-lhes melhores
condições de vida. Um dia via uma gatinha grávida, mas, no meio de silvas e ruínas, onde era obrigada a esconder o abrigo da comida, várias vezes mudado para fugir aos cães e mesmo às pessoas que roubavam o prato, a captura foi sendo adiada. Depois, via os pequenitos e mais tarde deixava de os ver... Para Janeiro de 2010, estava programada a todo o custo a retirada desta triste colónia. Mas a tempestade que destruiu o Refúgio decidiu trocar-me as voltas. Sem espaço para os gatos, a sua captura só foi possível no Outono desse ano, após a reconstrução. |
Mafrinhas no Refúgio |
Ainda assim era necessário inventar uma forma viável de captura, porque no local onde estava a comida, escondida debaixo das silvas e à qual acedia quase deitada no chão, muitas vezes sobre poças de água, não era possível instalar a armadilha e muito menos ver os gatos. Perto havia um pequeno muro, no qual muitas vezes os gatos apanhavam sol.
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Em liberdade
após vários meses de isolamento, os Mafrinhas desfrutam finalmente
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Num dia de coragem, não fui pôr
comida, no outro também não... Ao terceiro dia, comecei a pôr a comida nesse muro.
Esperava que comessem e não deixava reserva. A pouco e pouco, os gatinhos começaram a
vir ao muro sempre que eu chegava.
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No Refúgio, os Mafrinhas adoram os pequenos terraços à sombra das cabanas
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Foi aí que instalei a armadilha, de
tal modo eficaz que em certos dias capturei 3 e 4 gatos de uma vez. Jovens adultos, grande parte fêmeas, poucos machos, dois dos quais FIV+, e 5 bebés. A colónia era tão incerta para mim que, na semana seguinte, continuei a ir todos os dias para ter a certeza de que não restava nenhum gato. Ninguém mais veio ao chamamento sobre o muro, nada mexia...
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Vamos depressa, ela está a encher os pratos! |
Quem está por detrás desta cabana? |
E assim partimos definitivamente daquele triste local, eu e os queridos Mafrinhas, descansados. |